domingo, 25 de março de 2018

057 - As Garras de Axos

Divulgação
As Garras de Axos, ou The Claws of Axos, é o terceiro e antepenúltimo arco da 8ª Temporada da Série Clássica.

Episódios:

Data de estreia de cada episódio:
13 de março de 1971
20 de março de 1971
27 de março de 1971
3 de abril de 1971

Duração total dos quatro episódios: 1:37:20

Sinopse:

Os Axons pousam na Terra, desesperadamente necessitados de combustível. O axonite é um elemento adaptável que pode absorver, converter, transmitir e programar todas formas de energia... ou é o que os Axons dizem. Na verdade, a nave é um único organismo chamado Axos, cujo propósito é alimentar-se absorvendo a energia de todas as formas de vida na Terra. O engodo sobre as propriedades benéficas do axonite era apenas para facilitar sua distribuição para todo o globo.

Curiosidades e Bastidores:

No final de 1969, o editor de roteiros Terrance Dicks entrou em contato com uma nova dupla de escritores, Bob Baker e Dave Martin, depois de ler um rascunho que haviam enviado à BBC para outra produção. Depois de oferecer-lhes uma história de sete partes em novembro de 1969 para a oitava temporada da série, Bob e Dave enviaram várias histórias que possuíam. Apesar de que não eram adequadas para um arco, Terrance criou um episódio de abertura a partir delas em 1º de dezembro, mas para um arco de seis partes no lugar de sete, já que Terrance e o produtor Barry Letts pensaram que arcos de sete episódios eram longos demais.

A história original do arco estava ambientada no centro de Londres, na estação de energia de Battersea no lugar do complexo de energia de Nuton. Entretanto, o arco havia saído caro demais com o orçamento disponível, e Terrance Dicks pediu aos dois roteiristas que diminuíssem a história. Assim, decidiram ambientar a história fora de Londres e excluir as longas cenas de ação que ocorreriam no espaço e em pontos turísticos de Londres.

Entre os títulos provisórios, há Dr. Who e o Presente (Doctor Who and the Gift), A Invasão Amistosa (The Friendly Invasion), Os Axons (The Axons) e O Vampiro do Espaço (The Vampire from Space). Esse último título foi utilizado durante a produção dos Episódios 1 e 2, e só mudou ao começarem a filmar o Episódio 3. O arco foi pensado para ter seis partes, mas na elaboração foi se reduzindo.

A filmagem estava prevista para durar cinco dias, no início de 1971, começando em 4 de janeiro, e ela seria feita em várias localidades ao redor de Kent.

Uma lenda urbana comum sobre este arco é que acidentalmente não foi aplicado o chromakey em algumas cenas do inteior do carro, deixando a tela azul por trás dos personagens. Na verdade, supõe-se que o azul represente o céu. As diferenças no tom de azul comparado com a filmagem em exteriores é pela diferença de sua origem de filmagem. Isso contradiz Paul Vanezis em uma entrevista, na qual ele diz que "não ia pôr nenhum fundo, e direi a você o porquê, não estava iluminado como era devido. Não havia azul o suficiente para ativar chromakey, nem amarelo, verde ou o que fosse. Foi mal filmado. Não deveria ter sido filmado no estúdio, e não deveria ter sido filmado em chroma. Hoje em dia, com a moderna tecnologia, poderia ter aplicado o chromakey facilmente, mas [na época] não ficou bem."

Por razões desconhecidas, na abertura do arco, foi utilizada a versão da sintonia do Segundo Doutor, como fizeram os dois arcos anteriores. Depois de As Garras de Axos, entretanto, a sintonia padrão de Jon Pertwee voltou.

A história inclui cenas do interior da TARDIS pela primeira vez desde Os Jogos de Guerra, e pela primeira vez colorida. A configuração do cenário da TARDIS foi exclusiva para esta aventura. O monitor da TARDIS em uma tela circular encaixada em um dos círculos da parede da sala de controle, no lugar de na tela retangular tradicional, o que aconteceria novamente um ano mais tarde, no cenário construído para O Monstro do Tempo[arco 064, ainda não disponível]. As portas da sala não abrem diretamente para o exterior como em todas as outras aventuras, em seu lugar dão a um corredor com a decoração de círculos. Quando o interior da TARDIS volta a aparecer no arco posterior, essas duas características são eliminadas.

Durante as filmagens externas, o clima se mostrou extremamente variável, oscilando entre neve no início da semana, passando por neblina, até finalmente sol no último dia. Para explicar a inconsistência, Terrance Dicks criou uma nova fala para o Cabo Bell, na qual ele mencionava que a chegada de Axos havia provocado "condições climáticas atípicas". Nicholas Courtney lembrou que, em certo momento, estava tão frio que metade de seu bigode falso não parava de cair. Katy Manning precisou usar maquiagem para disfarçar a palidez causada pelo frio e quase sofreu queimaduras de frio por causa de suas botas finas. O elenco e a equipe se aqueciam sobre os capôs ​​abertos dos veículos com os motores ligados. Barry Letts jurou nunca mais filmar em locações externas nessas condições.

O nome Axon foi inspirado no termo usado para designar a fibra nervosa ao longo da qual os impulsos neurológicos são conduzidos.

Este foi o último dos quatro arcos dirigidos por Michael Ferguson. Os três anteriores foram: As Máquinas de GuerraAs Sementes da Morte e Os Embaixadores da Morte.

No roteiro, a nave Axos era chamada de "cúpula espacial".

Durante os ensaios, o designer Kenneth Sharp apresentou um novo console da TARDIS. O original havia ficado bastante danificado ao longo de seus sete anos de serviço e sofrido diversas modificações. Ele também havia sido tingido de verde claro para aparecer melhor como branco em fitas de vídeo monocromáticas, um fato que se tornou um problema, agora que a série estava sendo transmitida em cores.

Originalmente, havia uma cena em que a tripulação da Axos era revivida por isótopos. Ela foi descartada por ser muito semelhante a uma cena de Os Embaixadores da Morte.

Foi influência e ideia de Terrance Dicks que a nave espacial fosse orgânica. Ele também sugeriu que houvesse cenas em que animais e vegetação próximos tivessem sido mortos por Axos.

A fuga do Doutor e de Jo de Axos foi originalmente concebida como uma viagem espacial inspirada em 2001: Uma Odisseia no Espaço.

Durante a sequência da batalha na floresta, as instruções do roteiro indicavam que os tiros não surtiam efeito nos Axons. Havia a esperança de que tomadas em contraplano pudessem ser inseridas no episódio final, mostrando os buracos de bala se fechando nos Axons.

O projeto dos Axons foi realizado em três etapas. A primeira consistiu na construção dos monstros principais, que eram trajes com tentáculos totalmente funcionais, feitos com filamentos de látex e espuma, colocados sobre um macacão de camurça. Um dos tentáculos era manipulado por um fio. Os Axon Globs, com menos tentáculos, tinham um acolchoamento de isopor sobre um macacão, enquanto os Rolling Axons eram sacos pintados.

Os cenários da nave espacial Axon eram, na verdade, bastante frágeis para se trabalhar, sendo feitos principalmente de plástico e látex, e incorporavam modelos azuis de fundo/primeiro plano e luzes coloridas.

O Sexto Doutor e Evelyn encontrariam Axos no século XXI no áudio O Banquete de Axos.

Arte Relacionada:
Daryl Joyce